quinta-feira, 5 de maio de 2011

UTI Coronariana da Santa Casa fecha por falta de médicos

A UTI Coronariana da Santa Casa de Uruguaiana está fechada. A interrupção no funcionamento foi causada por falta de médicos para assegurar o acompanhamento dos pacientes. O Sindicato Médico do RS (SIMERS) esclarece que os intensivistas da unidade, com oito leitos mas que até hoje só operava com quatro, comunicaram oficialmente, na última segunda-feira (2), à direção do hospital, à Prefeitura, ao Ministério Público, ao SIMERS e ao Cremers de que faltavam condições de atendimento, advertindo para a suspensão das atividades. O representante do Sindicato, Edson Prado Machado, que se reuniu na noite desta quarta com o corpo clínico, na sede da Delegacia Regional da entidade, ressalta que a interrupção da assistência foi acertada, diante da impossibilidade de monitoramento permanente dos doentes. "Lamentamos que atitudes dos gestores municipais estejam causando tanto dano à saúde da população", alertou Machado. O dirigente sindical lembrou que, desde a ativação da estrutura, em fevereiro, ocorre interferência indevida dos administradores na conduta dos médicos. O Sindicato protocolou, nesta terça, pedido de interdição ética da unidade pelo Conselho de Medicina, além de abertura de investigação sobre irregularidades.
Machado se reuniu também nesta quarta com o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Matheus Gama, a quem entregou cópias de ações movidas na Justiça do Trabalho para cobrar direitos e a formalização dos contratos dos médicos que atuam no estabelecimento. As informações devem subsidiar o inquérito civil público que Gama prometeu instaurar para apurar as denúncias contra os gestores da casa de saúde. O SIMERS deve ingressar nos próximos dias com novas medidas judiciais, desta vez envolvendo os intensivistas das três UTIs. A equipe, com cerca de 20 especialistas, enfrentou recentemente atrasos de mais de dois meses no pagamento das remunerações.

Saúde precisa de tratamento intensivo
O fato envolvendo a área de Cardiologia da Santa Casa é mais um capítulo da crise na saúde de Uruguaiana, provocada por atos da administração municipal, que dirige a Santa Casa. O prefeito Sanchotene Felice afastou o diretor técnico da UTI coronariana, o médico Fábio Marcanth da Mota, sem indicar até agora um substituto. Além de responder pela área, Mota se dedicava à rotina de cuidados dos internados. O especialista destacou ao SIMERS que o funcionamento ficou inviabilizado por falta de profissionais para completar as escalas de plantões.
O cardiologista lembrou que o serviço atendia 50% a 60% de internações pelo SUS. Atualmente, os doentes são mantidos no Pronto Socorro, em uma estrutura com recursos técnicos insuficientes, ou dividem espaço na UTI geral, com apenas sete vagas. No documento entregue a autoridades, os intensivistas da Cardiologia destacam que "não houve substituição do diretor por médico com igual capacitação para as funções que exercia, o que impede a realização de atividades necessárias ao funcionamento da UTI, com assistência e segurança a pacientes de alto risco".

Comissão de Direitos Humanos da Câmara coloca Amauri de Oliveira em liberdade

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Rogério de Moraes (PSDB) e integrada pelos vereadores José Clemente (PT), Mauro Brum (PMDB), Neraí Kaufmann (PSDB) e Francisco Barbará (PMDB) informou na terça-feira que lutou de forma intensa pela soltura de Amauri de Oliveira, preso pelo crime de formação de quadrilha. A Comissão recebeu o pedido de ajuda da família de Amauri, que denunciou a omissão do poder público ao caso “de um cidadão que se encontrava preso e com estado de saúde comprometido”, diz a nota encaminhada a redação do Jornal, pela Comissão.
Os vereadores estiveram na segunda-feira reunidos com o diretor do corpo clínico da Santa Casa de Caridade, e contataram com um dos médicos responsáveis pelo paciente, o qual informou que o laudo sobre seu estado de saúde estava à disposição da família, recomendando o tratamento domiciliar. À noite, foi expedido o alvará de soltura de Amauri. Oliveira estava preso sob a acusação de formação de quadrilha. Segundo o inquérito policial, Amauri estaria envolvido com criminosos conhecidos, entre eles, Demetrius (o Bolo), preso na terça-feira pela Polícia Federal e Bruno Solis, suspeito de assaltar um banco na Argentina. A atuação da Comissão neste caso, principalmente do vereador Clemente Corrêa, que defende a segurança pública é surpreendentemente e causa espanto não só dos que trabalham em prol da segurança, mas da comunidade como um todo. O Promotor de Justiça, Rodrigo Vieira, disse que espera empenho semelhante por parte da Comissão em prol de prisões e não de solturas. Vale lembrar que a Penitenciária Modulada oferece tratamento médico e tem uma enfermaria apta a atuar em situações semelhantes a estas, quando o preso possui hepatite.

2ª DP identifica estelionatária e recupera R$ 33 mil em jóias

Uma mulher foi identificada nesta semana, pelos policiais da 2ª Delegacia de Polícia de Uruguaiana, como sendo a autora de furto que veio a resultar em estelionato. A cabeleireira Eliane Margo Salgueiro é acusada de ter entrado na casa de uma mulher e furtado um talão de cheques. A partir do furto, ela passou a distribuir uma série de cheques frios pela cidade. Num dos casos, ela adquiriu R$ 33 mil em jóias e empenhou as mesmas em um banco da cidade. O caso traz a tona, a facilidade de se empenhar objetos em agências bancárias, sem qualquer restrição. As jóias foram devolvidas à dona, e os cheques sustados. A mulher responderá pelos atos de infração de cometeu.

Trojan esclarece a substituição de postes de iluminação

Durante a sessão ordinária realizada na última terça-feira, por iniciativa dos vereadores José Clemente (PT) e Mauro Brum (PMDB), esteve presente na Câmara Municipal, o secretário de Obras, Eloy Trojan e os representantes da AES-Sul, Leandro Cunha, Paulo Magirena e Marlon Weber. Após a discussão sobre de quem é a responsabilidade pela falta de iluminação nas ruas em que foram substituídos os postes de madeira pelos de concreto e cujas luminárias não foram reinstaladas, os participantes se comprometeram a formalizar um documento definindo as obrigações de parte a parte, bem como, a buscarem solução urgente para os locais que se encontram às escuras.