sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Geovane Cravo desmente Schneider

Daiany Mossi

A semana iniciou com embate entre o prefeito de Uruguaiana, Luiz Augusto Schneider e o administrador da Santa Casa de Caridade, Geovane Cravo, através de notas e contranotas publicadas no Facebook.
Schneider
Schneider, que na condição de prefeito foi cobrado pelos funcionários da Santa Casa de Caridade através de protesto realizado na semana passada, declarou que a dívida do município com o hospital é consideravelmente inferior a conta apresentada pelo hospital.
“A dívida atual da Prefeitura com a Santa Casa de Caridade é de R$ 183.471,14. Este valor foi apurado em reunião com integrantes da Secretaria Municipal de Fazenda, da Secretaria Municipal de Saúde e o contador do próprio Hospital Santa Casa de Caridade. Na ocasião foi apurado o valor de R$ 275.333,00. No entanto, a Prefeitura de Uruguaiana pagou em duplicidade em 20/01 e 01/02 (PABA), referente a dezembro de 2015, o valor de R$ 91.861,86. Sendo assim, a dívida hoje da Prefeitura de Uruguaiana com o Hospital Santa Casa de Caridade é de R$ 183.471,14”, salientou.
“Mesmo não estando a frente da administração, o Município nunca virou as costas para a Santa Casa, ajudando sempre que possível. Exemplo disso foi na venda do Piano importando e a doação de uma parte da floresta pública para o Hospital comercializar e gerar recurso com a venda da madeira desta área. Estaremos sempre a disposição da nossa Santa Casa”, disse o prefeito.

Cravo
Ao tomar conhecimento da nota, Geovane Cravo rebateu as declarações do prefeito. “Em primeiro lugar, no dia 11.11.2016, a Santa Casa informou ao senhor Prefeito Municipal, pessoalmente, através de seu Provedor, que o valor devido incluído os valores com vencimento no mês de novembro, era de aproximadamente R$ 1.100.000,00. Na verdade, o valor correto era de R$ 1.190.338,99, sendo R$ 1.015.332,99 do Pronto Socorro referentes a dívidas dos meses de agosto, setembro, outubro e novembro. Ainda estão em aberto os valores da Clínica Renal e Banco de Sangue – R$ 175.006,00, cada”, informou.
Ainda segundo Cravo, “naquele momento, o Prefeito assumiu o compromisso de pagar R$ 400.000,00, o que somente ocorreu depois da manifestação dos funcionários, realizada no dia 16.11.2016, na frente da Prefeitura, mediante depósito, naquele mesmo dia, de R$ 250.000,00 e mais R$ 150.000,00, somente ontem, no dia 21.11.2016.
Portanto, a PMU deve ao Hospital Santa Casa o valor de R$ 790.338,99, já considerados os valores vencidos em novembro. Quanto ao valor de R$ 91.861,86, que Schneider alega deva ser abatido, referente a uma conta de dezembro, do Pronto Socorro, a Santa Casa não concorda exatamente porque essa matéria já foi objeto de consolidação das contas, conforme ATA N. 01-2016, datada de 24.02.2016, onde se chegou a um valor incontroverso, de R$ 590.899,70. Portanto, não se constata a diferença agora apontada e tardia pela PMU de R$ 91.861,86”, destacou Cravo que atribui à Prefeitura a responsabilidade pela crise financeira enfrentada pelo hospital, e também pela dívida monstruosa existente.

Má gestão
Ao avaliar a situação da Santa Casa de Caridade, da qual já foi gestor, o prefeito Luiz Augusto Schneider atribuiu a crise à atual administração. “Quando eu estava à frente do hospital, a folha de pagamento continha menos de 400 funcionários. Hoje, são 740. Apesar das contratações estarem ligadas aos novos serviços, e o Estado não repassar os recursos que lhe competem em dia, comprometendo outros setores, a dívida exorbitante é resultado da má administração”, disse Schneider.
Na semana passada Cravo apresentou aos Vereadores um relatório das dívidas  que, segundo o qual remontam a R$ 40 milhões, e não R$ 5 milhões como sustenta o Prefeito.
Segundo Cravo, as novas contratações (240?) foram para atender os novos  leitos da UTI e UTI NEO Natal, a criação da Cardiologia e implantação da Clínica Renal.

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