sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Demissões em massa: Marfrig apresenta proposta para reduzir danos em Alegrete

Em reunião de conciliação promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho, o frigorifico apresentou proposta, que será analisada pela categoria no próximo dia seis. Até lá, a decisão judicial que impede as demissões segue valendo.


Gabriela Barcellos

Em reunião promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região (TRT4) a fim de mediar um acordo entre o frigorifico Marfrig e o Sindicato do Trabalhadores da Indústria de Alimentação do Alegrete, e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação e Afins, a empresa apresentou uma proposta de visando diminuir o impacto da demissão de 648 trabalhadores, anunciada pela emrpesa em razão do fechamento das atividades da planta de Alegrete.
A proposta da empresa é de que, além de pagar as verbas rescisórias previstas em lei, a empresa disponibilizará para cada trabalhador da unidade de Alegrete quatro cartões alimentação (com valor unitário de R$ 195,00) e pagamento de meio salário básico a título de indenização. A empresa também se comprometeu a oferecer cursos profissionalizantes para a readequação dos trabalhadores ao mercado de trabalho. Os representantes da empresa também declararam que não se opõem à possibilidade de negociar com terceiros os direitos que a Marfrig possui sobre a planta de Alegrete, desde que sejam observados os valores de mercado dos investimentos feitos no local.
A proposta da Marfrig será avaliada pelos trabalhadores em uma assembleia da categoria agendada para o próximo dia seis.  Já com a Justiça do Trabalho, o próximo encontro ocorrerá no dia nove de fevereiro, às 10h.
A Marfrig havia agendado a despedida em massa dos trabalhadores em Alegrete para o dia dois de janeiro, devido ao encerramento de suas atividades na planta por motivos econômicos. A despedida foi suspensa por decisão liminar da juíza do Trabalho Fabiana Gallon (titular da Vara do Trabalho de Alegrete) no dia 26 de dezembro, até que ocorra negociação coletiva entre a empresa e os trabalhadores. O objetivo da negociação é viabilizar alternativas menos danosas aos empregados, como programas de demissão voluntária e de incentivo à qualificação profissional, entre outras. A multa em caso de descumprimento da decisão foi fixada em R$ 100 milhões. O processo foi encaminhado pela magistrada ao Juízo Auxiliar de Conciliação do TRT para que a unidade conduza as tratativas de acordo.  Atualmente, a Marfrig é a segunda maior empregadora de Alegrete, atrás apenas da Prefeitura Municipal.
Essa foi a segunda reunião de tratativas de acordo em busca de alternativas para a despedida em massa dos trabalhadores. Foi conduzida pelo juiz auxiliar de conciliação Luís Henrique Bisso Tatsch, e contou a participação dos procuradores Laura Fernandes e Ricardo Garcia, representando o Ministério Público do Trabalho (MPT).

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