quinta-feira, 30 de março de 2017

Administrador exige fim da greve para cumprir promessa de ‘adiantar’ março

Mesmo após a viagem dos gestores do Hospital Santa Casa de Caridade a Brasília para assinatura do contrato de financiamento no valor de R$ 44 milhões junto à Caixa Econômica Federal (CEF), e da vinda dos ministros de Saúde, Ricardo Barros, e Osmar Terra, do Desenvolvimento Social e Agrário a Uruguaiana, e do consequente pagamento dos salários em atraso, o fim da greve dos funcionários é incerta. No final de semana, boatos indicavam que a greve teria terminado, contudo, quem passou pelo local viu que não foi o que aconteceu, e ainda hoje, a ocupação do pátio pelo acampamento dos funcionários mostra que a crise não passou.
Ontem, 29/3, a assessoria de comunicação da Santa Casa comunicou, por meio de uma nota oficial, que os pagamentos dos saldos e salários dos meses de novembro, dezembro, décimo terceiro, janeiro e fevereiro, bem como as férias de novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março haviam sido realizados. Até às 21h, os valores deveriam estar nas contas de todos os colaboradores. O início dos depósitos foi realizado mediante abertura de conta dos funcionários na Caixa Econômica.
Chantagem?
A nota oficial foi finalizada com o seguinte parágrafo: “Tão logo ocorra o término da greve e 100% dos servidores se apresentem ao trabalho, será liberado a folha do mês de março e as férias de abril”.
Para o diretor do Sindisaúde, Rogério de Moraes, a Santa Casa está voltando atrás na promessa de antecipar o salário de março, e a greve poderá continuar. “Depois de cumprida a promessa de antecipar o mês de março, que está praticamente concluído, convocaremos a assembleia para deliberar pelo fim a greve, mas há muita revolta dos servidores pela forma como estão sendo tratados”.
Karine Ruviaro

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