sexta-feira, 2 de junho de 2017

Irga fala sobre prevenção para diminuir incidência de pragas e prejuízos na lavoura

Na quarta-feira, 31/5, a Programação Rural da 10ª Semana Arrozeira, promovida pela Associação dos Arrozeiros de Alegrete se desenvolveu na Escola Municipal de Ensino Básico Murilo Nunes de Oliveira, na Localidade da Conceição. Este foi o terceiro Polo visitado de quatro que estão programados para o evento.
A programacao contou com a palestra de Alex Vercílio, do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), sobre ‘Identificação e Monitoramento de Pragas e Doenças em Lavouras de Arroz Irrigado’. Vercilio iniciou sua fala enfatizando o alto custo da lavoura para que o produtor alcance uma boa produtividade. “Conseguir equilibrar investimento, custo e rentabilidade é sempre uma briga constante”, afirmou.
Ainda ressaltou que, para o produtor ter um melhor retorno é importante identificar e fazer o monitoramento de pragas nas lavouras. Segundo o técnico, a lavoura de arroz é uma construção de detalhes para alcançar alta produtividade e mantê-la. “Os cinco principais pontos que devem ser observados para uma boa lavoura são época de plantio, semente, adubação, manejo de irrigação e controle de plantas daninhas. Não podemos perder depois do jogo ganho”, explicou.
Segundo ele, é fundamental fazer a prevenção em relação a pragas e doenças, observando e monitorando para identificar se o inseto tem potencial de dano econômico para a lavoura. “O inseto só se torna praga quando atinge o nível máximo da população e acaba gerando perdas. Por isso é importante observar as condições climáticas para a semeadura e, se identificar pragas, realizar o controle químico”, ressaltou.
Vercílio alertou ainda sobre a importância dos inimigos naturais do arroz irrigado, como aranhas, joaninhas, entre outros. “O uso exagerado de inseticidas pode eliminar o inimigo natural, por isso, quanto mais equilibrado o ambiente da lavoura, menos danos”, observou.
Com relação a doenças causadas por fungos, Vercílio lembrou a necessidade ter cuidados básicos como qualidade e distribuição do adubo. “A nossa região não é muito afetada, tem ataques, mas é bem controlado. Hoje se fala em doença devido a cultivares que quebraram a resistência por serem mais antigas. Para diminuir a probabilidade de doenças também é preciso observar a época de semeadura, quanto mais no período adequado, menos chance de seu surgimento “, destacou.
A programação na Localidade da Conceição também teve uma Conversa entre Mulheres e Empoderamento Feminino, com a enfermeira Viviane Carlosso e a empresária Tatiana Cartagena da Endime, empresa que trabalha desde 2013 com o desenvolvimento pessoal e profissional para as mulheres. Participaram professoras e mulheres da comunidade. Entre os temas tratados, foram salientadas as doenças de base emocional que podem gerar problemas físicos e a importância em buscar conhecimento e tratamento.
Gabriela Barcellos

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